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Economia Solidária
Economia Solidária

ECONOMIA SOLIDÁRIA E ONG DE PROMOÇÃO SOCIAL: Sustentabilidade Econômico-Financeira

Presenciamos o apogeu da expansão do capitalismo, dos oligopólios, dos conglomerados e da especulação financeira, cuja penetração subverte as relações político-culturais e contaminam corações e mentes de jovens e adultos, homens e mulheres, trabalhadores e intelectuais e, sobretudo, dos homens de negócios. No contexto de uma era marcada pela marcha vitoriosa da economia de mercado, qual seria a relevância do discurso e da prática de uma economia solidária? Como viabilizar econômico-financeiramente essa idéia? Por que fracassaram muitas tentativas de organizar uma sociedade e suas economias segundo princípios mais justos e solidários?

A resposta exige análise cuidadosa, baseada numa retrospectiva da evolução do sistema e econômico e na distinção entre as aparências e a essência dos fenômenos sociais. Uma economia solidária exige, além do desenvolvimento de sua base material, um alto grau de conscientização e motivação por parte de sua população, movida por princípios éticos e valores de compaixão e solidariedade.

Dentre as instituições de uma sociedade, o mercado é uma das que filtra a política econômica de diferentes formas, de acordo com a organização estabelecida. As instituições sociais modificam os efeitos esperados. Diferentes padrões de desenvolvimento que atingem o crescimento econômico não se traduzem necessariamente em benefícios para o desenvolvimento humano.

A motivação para construir uma economia solidária, ou de promoção social, parte de uma coletividade que deseja atuar na promoção de uma causa, com o objetivo de contribuir para a construção de um mundo mais justo, solidário e sustentável. Assim, ao construir uma instituição de caráter solidário, a missão deve expressar por que a organização existe, com clareza e coerência, e os fundadores devem ter compromisso com a causa e consciência do propósito de seus esforços.

Além disso, é preciso considerar bem a proposta de atuação, procurando torná-la viável e sustentável. Desafio ainda maior é a sua existência ao longo do tempo: exige dedicação, responsabilidade e profissionalismo.

Já as ONGs são entidades de direito civil, sem fins lucrativos nem vínculo com governos, sindicatos ou partidos políticos. Atuam em vários ramos de atividade, como projetos sociais e de promoção da cidadania, defendem o meio ambiente e os direitos das minorias e fazem campanhas contra a discriminação.

Diversos países em desenvolvimento vêm buscando corrigir distorções relativas à distribuição de renda e riqueza. No Brasil, vários programas sociais são devolvidos para a transferência orçamentária de renda para as camadas mais pobres da população, como a Bolsa Família, por exemplo. Mas não é suficiente. A própria sociedade deve buscar saídas para a solução de seus problemas. Esperar ações somente do Governo não parece inteligente.

Mas, como garantir a médio e longo prazo as ações desenvolvidas para a economia solidária e pelas ONGs? Captar recursos é a única saída? Como parcerias podem contribuir para manter e ampliar o impacto das ações da economia solidária e das ONGs?

Essas são algumas questões que inquietam os ativistas envolvidos no enfrentamento dos problemas sociais. Não conseguir responder a estas perguntas pode representar uma ameaça a todo trabalho já desenvolvido e, conseqüentemente, um prejuízo para as pessoas que encontram nestas instituições um referencial de vida.

As ONGs e a Economia solidária sobrevivem graças às doações e ao trabalho voluntário de militantes e simpatizantes. Costumam realizar campanhas de arrecadação e, em alguns casos, cobram pela prestação de serviços como forma de obter receita. Podem também receber ajuda e recursos de empresas, entidades privadas, governos e organismos internacionais. Nos países em desenvolvimento, há organizações que são financiadas por suas parceiras das nações industrializadas.

Fonte: Pesquisas jornais/revistas/internet