COMPORTAMENTO SOCIAL

                       Os relacionamentos mudaram nos últimos tempos mais do que em todo período de sua existência. Isso porque a auto realização das pessoas passou a ter outra importância, colocando-se a vida conjugal em outros termos. Acredita-se cada vez menos que a união entre duas pessoas deva exigir sacrifícios.  E a tentativa de harmonizar a aspiração individual com uma vida a dois gera conflitos, e as pessoas estão cada vez menos dispostas a renunciar seus projetos pessoais.

                     Ao contrário do que muitos pensam, a forma como vemos o amor, o sentimento, os romances, não existe desde sempre. Foram construídos socialmente ao longo dos tempos, levando-se em conta valores, crenças e expectativas que variam em cada época, em cada cultura e lugar.

                     O amor romântico, recíproco, por exemplo, surgiu a partir do século 12, mas não fazia parte do casamento: acontecia debaixo dos panos prá ninguém saber! Os casamentos eram arranjados, de acordo com os interesses familiares. Os costumes da época não valorizaram tanto esse sentimento, considerando, em algumas culturas, até fracas as pessoas que o valorizavam. Em algum momento da história era considerado até mesmo uma doença, como, por exemplo, na Roma antiga.

                   A partir do século 19 o controle das emoções foi aos poucos sendo suplantado por atitudes resumidas na palavra “sensibilidade”, ocasião em que o amor começou aos poucos a entrar no casamento, consolidando-se a partir dos anos 40.

                  Entretanto, muitos fatores impulsionaram a maneira de pensar da humanidade, como as guerras mundiais, a bomba atômica, o surgimento do automóvel, do telefone, da tecnologia, da liberdade sexual, do empoderamento da mulher, do viver intensamente...! Enfim, uma revolução de costumes!

                  Hoje vivemos uma época de grandes transformações sociais, em que “antigos” valores são profundamente questionados e como em toda transição observamos comportamentos díspares, pois o novo assusta e o desconhecido gera insegurança.

                  Nos chamados tempos “modernos”, os relacionamentos, a música, os costumes, os reality shows, potencializados pela grande mídia, estão sempre fazendo a cabeça das pessoas de acordo, muitas vezes, com os interesses de grupos, que lucram com a moda, com determinado gênero musical, com determinado comportamento ou tendências manipuladas para a juventude, etc. A sociedade está ficando cada vez mais padronizada com os seus integrantes fazendo basicamente as mesmas coisas, numa cultura massificada em que é quase proibido pensar ou agir de modo diferente. Ninguém quer ficar “por fora!” com receio de não ser aceitos pelos grupos. 

                 Mas acredito que tudo vai passar, como tudo passa! É apenas uma questão de tempo.  Tudo vai continuar mudando n uma velocidade cada vez maior, com a ajuda da tecnologia.

Autor: Almir Sobral Fonte: Baseado em leituras diversas

Teresina (PI), fevereiro 2019.